quarta-feira, 30 de março de 2011

Medida comercial na Argentina pode prejudicar acordo Mercosul-UE




BUENOS AIRES (Reuters) - As medidas tomadas pelo governo argentino para restringir importações e melhorar o superávit comercial em queda podem prejudicar negociações sobre um acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia (UE), disse uma importante autoridade do bloco europeu na quarta-feira.

Em maio de 2010, os dois lados reiniciaram conversas que haviam sido paralisadas por seis meses. Os diálogos têm o objetivo de criar a maior zona de livre-comércio do mundo, com 750 milhões de pessoas e 82 bilhões de dólares em produtos comercializados.

A resistência da América do Sul a regras mais rígidas sobre propriedade intelectual e a forte oposição dos produtores agrícolas europeus, que temem prejuízos devido à invasão de produtos sul-americanos mais baratos, são consideradas os principais obstáculos a um acordo.

Mas o diretor para a América Latina da Comissão Europeia, Gustavo Martin Prada, disse na quarta-feira que a medida argentina para diminuir as importações também pode prejudicar as negociações.

'Criar novas barreiras comerciais não é bom para as negociações', afirmou ele a jornalistas em Buenos Aires.

Martin Prada disse que, mesmo que os limites para importação não prejudiquem significativamente o comércio entre os blocos, eles podem complicar 'conversas já difíceis'.

Neste mês, a Argentina ampliou o número de bens de consumo estrangeiros sujeitos a tarifas de importação de até 50 por cento, irritando os parceiros do país no Mercosul: Brasil, Uruguai e Paraguai.


Por: Tatiane Tereza e Isabella sabrina

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